Leishmaniose é uma doença grave que afeta cachorros e seres humanos. Conheça tudo sobre os sintomas, formas de prevenção, transmissão e tratamento.
O que é Leishmaniose?
A Doença de Calazar canina, nome que também é conhecida como Leishmaniose, é uma infecção parasitária causada por protozoários que afetam o sistema imune do animal.
Trata-se de uma enfermidade (zoonose) que pode ser transmitida de animais para pessoas e vice-versa, sendo um mosquito o portador (chamado de Vetor). De fato, é uma séria zoonose que pode resultar em morte tanto para seres humanos quanto para os cães infectados.
Por essa razão, esse problema de saúde pública requer a atenção de todos na luta e prevenção.
Transmissão e Contágio
Ao contrário do que muitos ainda acreditam, a Leishmaniose não é transmitida a partir do contato direto com o cachorro por meio de saliva, mordidas, entre outros. A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito-palha, cujo nome científico é Lutzomyia longipalpis.
Quando entra em contato com seu hospedeiro (neste caso, o cão), o parasita começa a atacar as células fagocitárias (os macrófagos – responsáveis por defender o corpo de invasores). Ele se prende a essas células e inicia sua multiplicação, atacando mais células. Durante essa disseminação, pode alcançar órgãos como fígado, baço e medula óssea.
Para a transmissão, o mosquito precisa picar um indivíduo infectado, e ao picar um novo indivíduo, o mosquito irá transmitir a forma infectante da Leishmania, provocando a doença.
O principal foco de ação da Leishmania no corpo de um cachorro é nas células responsáveis pela proteção do animal, ou seja, seu sistema imunológico. Após a contaminação pelo mosquito, a doença pode atingir uma série de outros órgãos e partes do corpo, gerando diversos sintomas de leishmaniose.
Sobre o inseto que serve de vetor para a doença, é importante destacar que, ao contrário do que acontece com os mosquitos, como o Aedes Aegypti, o mosquito-palha é, na verdade, um díptero que não depende da água parada para depositar seus ovos, colocando-os em matéria orgânica. Portanto, para ajudar a manter a saúde do seu pet, procure manter os ambientes sempre limpos.
Principais sintomas da Leishmaniose em cães
Inicialmente, nem todos os cães portadores da Leishmaniose demonstram manifestações sintomáticas. De fato, estatísticas apontam que aproximadamente 60% dos animais contaminados permanecem assintomáticos.
Além disso, a Leishmaniose pode permanecer em estado de latência por um período variável, que varia de três meses a até seis anos. É também válido ressaltar que, ao longo de sua evolução, a Leishmaniose visceral canina pode afetar diversos órgãos do corpo.
Portanto, é comum observar sintomas distintos de acordo com o órgão afetado. Contudo, entre os primeiros sinais da leishmaniose canina, estão os seguintes sintomas:
– Redução de peso;
– Lesões cutâneas (especialmente no rosto e nas orelhas);
– Crescimento anormal das unhas;
– Perda de interesse pela comida;
– Elevação da temperatura corporal.
Ao identificar qualquer um desses sintomas, ou mesmo qualquer outro comportamento estranho do seu animalzinho, procure um médico veterinário, À medida que avança, a doença compromete a resistência imunológica do cão e afeta seus órgãos, podendo levar ao óbito.
Tratamento da Leishmaniose em Cães
No contexto do tratamento direcionado à Leishmaniose Canina, embora não haja a efetiva cura da enfermidade, é possível consideravelmente reduzir os sintomas, garantindo uma melhoria significativa na qualidade de vida do seu companheiro de quatro patas.
Enquanto anteriormente a eutanásia se estabelecia como a única opção viável, atualmente, o tratamento propicia um prolongamento notável na expectativa de vida do cão.
Os animais portadores de Leishmaniose Visceral em Cães são categorizados de acordo com distintos estágios clínicos, tendo em vista as expressões clínico-laboratoriais e os métodos diagnósticos empregados.
A estratégia terapêutica consiste na abordagem multimodal, que combina a administração de um agente leishmanicida (destinado a eliminar os parasitas) com um leishmaniostático (com o objetivo de conter a replicação do protozoário), bem como imunoestimulantes (potencializando a resposta imunológica contra o parasita) e/ou imunomoduladores (contribuindo para a atenuação da inflamação e da formação de imunocomplexos responsáveis pelas manifestações clínicas).
Adicionalmente, é de suma importância que o animal seja submetido a um tratamento auxiliar, de acordo com suas necessidades individuais e estado clínico, incluindo a desverminação, a utilização contínua de medidas de proteção contra pulgas, carrapatos e mosquitos, a atualização das imunizações contra outras doenças infecciosas, e a realização de avaliações clínico-laboratoriais frequentes sob os cuidados do médico veterinário. O prognóstico varia conforme o estágio da doença.
É válido ressaltar que não existe um procedimento para erradicar completamente o agente parasitário associado à Leishmaniose Visceral Canina. Em outras palavras, o tratamento tem o potencial de atenuar os sintomas clínicos e melhorar a condição do animal, porém, não consegue eliminar integralmente o parasita do organismo canino.
Prevenção da Leishmaniose Canina
É de extrema importância adotar estratégias de prevenção em relação à Leishmaniose Visceral Canina, uma vez que não existe cura parasitológica (erradicação do agente patogênico) para essa condição. Em outras palavras, embora seja possível atenuar os sintomas da doença por meio de tratamentos, não é viável eliminar o parasita do corpo do animal. Consequentemente, o cão permanecerá portador do protozoário e precisará de supervisão veterinária ao longo de sua vida.
Considerando que o cão é a principal fonte do parasita Leishmania, é crucial dispensar atenção especial aos nossos fiéis amigos de quatro patas.
As táticas recomendadas para assegurar sua segurança compreendem a redução do contato entre cães e o mosquito palha, obtida através da aplicação de repelentes e da administração de uma vacina visando proteção imunológica. Apesar de parecer simples, essa empreitada está longe de ser descomplicada, pois atualmente a única vacina disponível no mercado veterinário para prevenção da leishmaniose em cães está suspensa, sem previsão ainda de volta ao mercado.
Nesse contexto, as diretrizes indicam a aplicação de repelents tópicos, como, por exemplo, coleiras ou pipetas de uso tópico periódico.
Se você suspeita que seu cão possa estar sofrendo com a Leishmaniose Canina, não hesite em buscar ajuda profissional. Os veterinários especializados do Cão.Com estão aqui para orientar você e seu animal de estimação. Há exames laboratoriais que podem diagnosticar rapidamente a doença.
Entre em contato conosco para obter mais informações sobre diagnóstico, tratamento e prevenção da Leishmaniose. Cuide da saúde do seu companheiro de quatro patas e saiba mais sobre como manter seu cão protegido contra essa doença grave. Agende uma consulta hoje mesmo no Hospital Veterinário e saiba como podemos ajudar a garantir uma vida longa e saudável para seu pet.